segunda-feira, 11 de julho de 2011

Aprovado PL 1372/2003 que cria os Conselhos Federal e Regionais de Zootecnia

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade no dia 15/06/2011 o parecer que Cria os Conselhos Federal e Regionais de Zootecnia e dá outras providências. O Projeto de Lei é de autoria do Ex-Deputado Max Rosenmann - PMDB/PR.

Mais informações em:

http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=122423

http://www.crmvsp.org.br/site/noticia_ver.php?id_noticia=3493

I ENCONTRO PAN-AMERICANO SOBRE MANEJO AGROECOLÓGICO DE PASTAGENS

De 29 de setembro a 01 de outubro


Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes
chapecó - Santa Catarina - Brasil


Inscrições no site: www.prv.ufsc.br


O boi do futuro


Clones em escala industrial 
Técnica vai revolucionar a pecuária, ao permitir aos criadores fazer várias cópias de seus melhores touros para cobrir a vacada comercial .
Em todo o mundo, o Brasil é a nação que mais utiliza tecnologia genética de ponta no aprimoramento do rebanho bovino. O país está se preparando para os grandes desafios do mercado. É o que diz o médico-veterinário Rodolfo Rumpf. Ele chefiou a equipe da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, de Brasília, que criou a bezerra da raça simental Vitória, primeiro clone concebido na América Latina, dez anos atrás. Vitória está bem viva e até já pariu uma bezerrinha, em 2004. Rumpf dá agora mais um salto ao compor o grupo que trabalha no desenvolvimento de clones de touros em série para cobrir a vacada de rebanhos comerciais. A experiência, ainda na fase inicial, é resultado de uma parceria entre a Embrapa e a empresa privada Geneal, pertencente ao pecuarista Jonas Barcellos, da Fazenda Mata Velha, de Uberaba (MG), e ilustra o escopo funcional da engenharia genética animal no Brasil. “A proposta é atingir a base da pirâmide. Produzir clones de um reprodutor de alta qualidade e tornar acessível o uso das cópias no rebanho comercial, que vai ganhar eficiência.” É produção em escala para garantir carne de boa procedência e padrão, resume o cientista da Embrapa. A clonagem tradicional não chegou ainda ao médio e pequeno produtor, porque tem um custo proibitivo. A cópia idêntica de um bovino não sai por menos de R$ 50 mil. Para Rumpf, a democratização da genética é uma questão de tempo. As parcerias público-privadas vão permitir a união da bagagem científica de uma Embrapa, por exemplo, com o manejo e a prática nas fazendas. A clonagem para servir o gado comercial é a última palavra em termos de tecnologia – mas não está sozinha. A inseminação artificial em tempo fixo (IATF), técnica que cresceu 150% desde que chegou ao país, há quatro anos, vem provocando uma revolução nas fazendas. Com ela, o pecuarista ganha o poder do Criador. Em conjunto com a sexagem, a IATF deixa a reprodução do rebanho sob o controle absoluto do fazendeiro. Ele programa o sexo e a data exata de nascimento dos bezerros. A grande vantagem dessa técnica é que a vaca não precisa estar no cio para ser inseminada, pois a ovulação é estimulada automaticamente. A propriedade pode inseminar um grande número de animais em curto espaço de tempo. Além disso, pode programar o nascimento e o desmame para as épocas do ano mais favoráveis aodesenvolvimento dos bezerros. Há criações de grande porte que conseguem inseminar 400 vacas ao dia – são 30 de inseminação convencional. 
Os marcadores moleculares também já chegaram por aqui, com a função de descobrir, por meio da análise de DNA, uma sequência de genes que defina as características de um bovino. Exemplo: se ele possui os genes de maciez da carne. A novidade nessa área é um projeto que pretende identificar o potencial de um touro reprodutor logo após seu nascimento. Hoje, para se confirmar a potencialidade de um reprodutor, é necessário analisar seus filhos, o que leva em média quatro anos. 

Essa pesquisa tem como parceiros a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, da Universidade de São Paulo, e o laboratório Merial. Cruzando-se análises moleculares do DNA com as DEPs (estimativas sobre o potencial de um animal com base nos resultados de seus parentes), o intervalo entre as gerações será abreviado. Dessa forma, o fazendeiro poderá tomar hoje uma decisão que só viria dentro de três ou quatro anos. Detalhe: sabendo-se o potencial das DEPs. “A pecuária brasileira avançou 50 anos na última década graças ao uso de tecnologias de ponta”, diz o pecuarista Paulo de Castro Marques, presidente da Associação Brasileira de Angus. É por isso que os especialistas acreditam que, no futuro, na média nacional, o boi vai ser abatido entre 18 e 20 meses, pesando quase 500 quilos. Na área de sustentabilidade, a empresa mineira Safe Trace lançou uma tecnologia em que um chip é introduzido no rúmen do animal. Ao acessar o website da empresa, o consumidor terá todas as informações sobre a carne da gôndola. 

FONTE: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI238989-18282-4,00-ESPECIALISTAS+REVELAM+COMO+SERA+O+BOI+DO+FUTURO.html